O sociólogo Pierre Bourdieu (França,1928-2002) foi um pensador com grandes contribuições para melhorar as vidas de todos nós, de qualquer país, ocupação, gênero e idade.
Segundo ele, uma pessoa dispõe de vários tipos de capitais (além de seu capital econômico, que são suas posses materiais), destacando-se, entre eles, o capital social, o cultural e o simbólico.
Ele define capital social como o conjunto de recursos atuais ou potenciais que a pessoa possui decorrente de seu pertencimento a um tecido de relações sociais, do qual ela se beneficia de diversos modos.
O capital social não é dinheiro vivo, mas é um bem precioso da pessoa, e tem o potencial de transformar-se nele facilmente.
E é assim porque a existência das relações sociais que definem esse tipo de capital, sejam elas de parentesco ou mesmo de circunstâncias sociais menos duradouras, colabora de modo forte para a pessoa construir uma trajetória privilegiada, acarretando-lhe benefícios e lucros.
Tais como: participar de negócios e sociedades comerciais, ter empregos bem remunerados, integrar instituições muito seletivas, residir em condomínios e bairros elitizados, estudar em escolas de elite, até mesmo casar-se com membros de famílias abastadas, entre outros.
Já o capital cultural de cada pessoa assume diversas faces:
a) é o acervo (e a postura) cultural herdada no âmbito de sua família (pais, irmãos, tios, avós);
b) é a hierarquia com que a pessoa é tratada por todos, em função do patrimônio cultural de seu núcleo social;
c) é resultado do melhor domínio que a pessoa tem de seu idioma e dos conceitos sócio-econômico-culturais que afetam sua vida; o que lhe confere certa ascendência no trato com pessoas que não possuem esses recursos, e que são a grande maioria da população.
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